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O dia pode ser do trabalhador, mas não há muito o que comemorar

O dia pode ser do trabalhador, mas não há muito o que comemorar

01/05/2020 18h01
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O dia pode ser do trabalhador, mas não há muito o que comemorar

Maio é reservado, em todo mundo, para se comemorar o Dia do Trabalhador. Época em que a massa trabalhadora pode sentir alegria de seus feitos e saber que seu suor, o que produz e parte de seu tempo serão recompensados por autoridades públicas e empresários, que são o outro lado da moeda.

Porém, no Brasil, isso não acontece, não é verdade e, cada vez mais, os trabalhadores veem seus direitos trabalhistas serem extintos, retirados e observam seu poder de compra diminuir cada vez mais devido às políticas equivocadas para os trabalhadores desde o governo Temer. A sensação é que os trabalhadores são os grandes culpados por crises, pelos problemas do Brasil e por tudo mais que acontece. Isso não é só um tremendo absurdo como uma grande injustiça, porque são os trabalhadores que fazem a economia girar e o país ser competitivo.

Assim, desde 2016, quando o presidente Michel Temer assumiu, a precarização das relações trabalhistas tem se acentuado. Antes de sair, ele aprovou uma série de medidas que tirou direitos dos trabalhadores, representatividade de sindicatos e mais uma série de conquistas dos trabalhadores.

Com o atual governo federal, a situação não é diferente e, com as MPs 927 e 936 do presidente Jair Bolsonaro, o que estava ruim piorou. Estas medidas jogaram na mão dos empregadores todo poder para decidir à vida do trabalhador. Agora eles podem reduzir salários, jornada de trabalho, exigir horas extras e pagá-las com Banco de Horas e outras atrocidades.

O motofrete, nesse caos político e de pandemia do coronavírus, também perdeu. Para se ter uma ideia, as empresas de aplicativos promovem o dumping social, não reconhecem e valorizam o papel dos entregadores na logística das entregas e fazem o que querem. A revolta dos trabalhadores no setor e tão grande que, só nessa semana que passou, 3 manifestações de motoboys e ciclistas profissionais tomaram as ruas de cidades do estado de São Paulo.

Assim, o descontentamento é geral. Até quando teremos que nos sujeitar aos mandos e desmandos de quem coloca os trabalhadores em situação de escravatura? Até quando direitos conquistados com suor e até sangue serão retirados sem explicações convincentes? Até quando trabalhadores terão que se sujeitar à políticas que beneficiam empregadores? até quando...

E, de fato, quando o dia 1º de Maio será um dia que o trabalhador tem mais o que comemorar do que lamentar?

Aos motoboys, bikeboys e mototaxistas, que fazem essa categoria ser tão importante para à economia e população de todo Brasil, nosso parabéns, desejo de sorte e sucesso, mesmo diante dessa  situação tão complicada que passamos.

Diretoria SindimotoSP

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