Deputado Federal Guilherme Boulos barra sindicatos legítimos de entregadores em audiência pública para discutir precarização trabalhista, o que, em tese, evidencia prática antissindical

Em debate público que ocorreu ontem (23), no Congresso Nacional - que é a casa dos trabalhadores - os sindicatos legalmente instituídos e representantes legítimos do motofrete em todo Brasil, foram impedidos de expressarem suas opiniões e falas na audiência pública realizada a pedido do Deputado Federal Guilherme Boulos.

O que causa estranheza e não tem explicação, pelo menos aparente e do próprio deputado, é que essa audiência além de não ter sindicatos legítimos participando, não foi divulgada no meio sindical, como se não fosse importante e necessário, e contou apenas com participação de fantoches das empresas de aplicativos.

O Deputado Federel Guilherme Boulos parece não estar acompanhando à luta dos sindicatos em defesa dos entregadores.

O SindimotoSP por exemplo, tem denunciado no Ministério Público do Trabalho (MPT) a exploração que estas empresas estão fazendo com os trabalhadores do motofrete, promovendo a maior precarização da história, sem que, inclusive o governo federal cumpra a promessa de campanha de acabar com essa situação.

Atualmente, os sindicatos de motofrete em todo Brasil lutam para defender milhões de pessoas nessa atividade que estão sem garantias legais, direitos trabalhistas ou condições dignas de trabalho, como longas jornadas e baixa remureração.

Os sindicatos estão lutando por direitos, condições de segurança e saúde para estes profissionais que continuam negligenciados. 

Mesmo assim, numa clara alusão a práticas antissindicais promovida pelo deputado, os sindicatos legítimos não puderam participar como deveriam, falando e defendendo os entregadores.

Por isso, os sindicatos clamam por resposta e querem um posicionamento de Guilherme Boulos para saberem porque os sindicatos não foram convidados para essa audiência pública?

A Febramoto e o SindimotoSP, desde já, repudiam essa atitude de falta de compromisso com a democracia, além da falta dos sindicatos na discussão de suma importância como essa e ressalta que, os sindicatos têm muito a contribuir nas audiências públicas e não devem ser deixados para trás.