As investigações indicaram que médicos de diversas áreas da medicina e golpistas estavam envolvidos no esquema criminoso, emitindo laudos periciais falsificados para simular acidentes de trânsito e garantir pagamentos indevidos.
O esquema, que começa nos hospitais com a chegada da vítima, gerou prejuízos milionários e envolvia falsificação de boletins de ocorrência, laudos médicos adulterados e manipulação de registros hospitalares.
A ação dos criminosos chamou a atenção da Caixa Econômica Federal (CEF), que denunciou o esquema às autoridades, pela falta de cuidado dos envolvidos. Os documentos eram amadores, com erros de ortografia e situações impossíveis de acontecer, como por exemplo, um laudo que indicava que uma criança de seis anos estava gestante, uma vítima de acidente de moto ter uma perna fraturada com diferenças entre boletim de ocorrência e exame médico e uma mesma motocicleta ser registrada em 21 acidentes diferentes, sempre com condutores distintos e em circunstâncias semelhantes, entre outras falsificações.
Além dos médicos, os intermediários utilizavam documentos falsos e procurações para dar entrada nos pedidos de indenização. Apenas um desses intermediários aparecia como representante legal em mais de 250 solicitações, das quais 157 foram indeferidas
Em todo Brasil, em especial na região sudeste, várias ONGs, empresas ou associações que atuam especificamente na área de recebimento do seguro DPVAT, não passam de empresas de fachada e estão sendo processadas pelas vítimas que se acidentaram, por retirada ilegal de valores de suas contas, falta de informações claras sobre seus processos, desvio de verbas depositadas, entre outras situações criminosas.
Além disso, estas instituições ainda montam centros de reabilitação de fisioterapia falsos, sem documentos exigidos por lei e que tem por finalidade apenas desviar verbas de governos.
A Febramoto alerta que os motociclistas profissionais e seus familiares devem estar atentos a esse golpe e evitarem de assinar qualquer documento que dê a outra pessoa, que não seja de confiança, autoridade para falar em seu nome.
"Quando assinam essas procurações, na realidade os motociclistas ou familiares estão entregando um cheque em branco para os estelinatários", diz Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, presidente da Febramoto.
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