O Sindicato dos Motoboys, Motoentregadores e Cicloboys Intermunicipal do Estado de SP (SindimotoSP) se coloca à disposição do iFood, Mercado Livre, Loggi, Lalamove, Zé Delivery e Rappi, entre outras que exploram a atividade de entregas de mercadorias com motocicleta, de forma irregular no segmento de motofrete e de motoentregas, para iniciar uma negociação coletiva que possa trazer segurança jurídica para elas, ganhos reais, proteção e melhorias nas condições de vida e trabalho dos profissionais motociclistas e ciclistas.
Estas empresas estão sistematicamente causando lentidão nas discussões que ocorrem no GT tripartite em Brasília, não aceitando negociar com os sindicatos de motofrete, motoboys, motoentregadores e cicloboys de todo Brasil, os verdadeiros representantes da categoria reconhecidos pelo próprio governo federal.
Elas ainda insistem numa remuneração mínima para os trabalhadores que afunda mais o setor numa tremenda precarização sem limites, não oferecendo também nenhum avanço positivo nas questões de saúde e segurança, que reduziria acidentes no trânsito envolvendo os entregadores.
A falta de obediência as leis que existem na categoria e o descumprimento, por parte das empresas, da legislação trabalhista, fazem com que os entregadores fiquem reféns da lógica da prestação de serviços, sem proteções legais básicas, enquanto as empresas ficam bilionárias.
Por conta deste cenário, o governo federal insiste que as empresas entrem em acordo com os sindicatos em uma semana, caso contrário deixará o papel de intermediador, criando decreto lei que seja favorável à manutenção dos direitos trabalhistas dos entregadores e uma condição digna do exercício da profissão.