Na reunião organizada dia 11 de março pelo Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - o Conselho Nacional dos Sindicatos dos Motofretistas, Motoboys, Moto Entregadores e Ciclistas do Brasil, rechaçou veementemente a proposta redigida pela CUT - Central Única dos Trabalhadores, que retirou da proposta demandas reais dos trabalhadores discutidas por quase 30 sindicatos de motofrete e mototáxi de todo Brasil.
É importante salientar que essa proposta será apresentada para o Governo Federal e deve contemplar todas as demandas dos sindicatos de motofrete, que realmente conhecem a atual situação precária dos trabalhadores por aplicativos.
Essa proposta apresentada pelo Dieese - CUT não leva em conta a precarização do setor, deixa de resolver as grandes dificuldades que os trabalhadores da categoria estão enfrentando e ainda beneficia empresas de aplicativos não dando a elas responsabilidade social com seus colaboradores.
Para o Conselho, a proposta que deve ser apresentada é de enfretamento em relação as empresas porquê do jeito que está e como ficará, se aprovada pelo Governo Federal, para elas está muito bom.
Outra questão levantada na reunião foi a presença de associações e cooperativas, que segundo leis federais não podem participar já que o pressuposto das leis, inclusive à Constituição, é que apenas sindicatos devidamente reconhecidos pela legitimidade que possuem, falem pelos trabalhadores.
Sindicatos filiados a outras centrais sindicais também questionaram na reunião porque a proposta teve como base as informações da CUT. O próprio Dieese assumiu o erro e se desculpou afirmando que irá refazer uma proposta unificada com sugestões de todos e marcará outra reunião para discussão.
Uma voz corrente de vários sindicatos presentes, é que as empresas de aplicativos devem respeitar as leis que já regulamentam o setor e serem enquadradas na CLT, pagando assim direitos trabalhistas e demais benefícios contemplados que as empresas tradicionais de motofrete já pagam para seus trabalhadores.