A performance recente do Produto Interno Bruto (PIB) é desanimadora, acumulando dois trimestres de queda: o terceiro trimestre de 2021 variou -0,1% em relação ao segundo, que já havia caído -0,4% em relação aos três primeiros meses do ano passado. Além desses, outros indicadores apontam que 2022 será mais um ano de dificuldades na economia brasileira e no mercado de trabalho, com desemprego e perda do poder de compra dos salários causada pela inflação.
A precarização das relações trabalhistas desde à reforma trabalhista que começou no governo Temer e tem continuado no governo atual acaba contribuindo para o "buraco" aumentar. A desculpa que a reforma traria mais emprego foi por água abaixo. O desemprego, segundo dados do DIEESE chegou para 13,5 milhões de pessoas e, um estudo do IBGE apontou que 40,6% da população brasileira estavam na informalidade.
Para esse ano, o governo federal prepara mais alterações na legislação trabalhista. As propostas que estão no Congresso Nacional aumentam a informalidade e a precarização, trazem insegurança jurídica e reduzem o papel do sindicato. Entre as propostas estão a proibição do reconhecimento de vínculo de emprego entre prestadores de serviço e aplicativos e alteração de mais de 330 dispositivos da legislação trabalhista.
LEIA TAMBÉM Lei aprovada por Bolsonaro é prejudicial para categoria de motofrete
LEIA AINDA Trabalhador teve ano difícil, principalmente pela retirada de direitos trabalhistas