A pesquisa ajudou a identificar o quanto o processo de precarização do trabalho assalariado foi acelerado nas últimas décadas, principalmente pelas empresas de aplicativos que atuam no transporte de mercadorias e passageiros, configurando uma das questões-chave para o que é chamado de ‘uberização do trabalho’.
O estudo apresentado na sexta-feira (17/12) revelou casos de trabalhadores que têm jornada de 13 horas para obter renda líquida/hora de R$ 0,59, a média é de R$ 5,03. E pode ser ainda pior devido a relatos de entregadores que trabalham sete dias por semana, de 12 a 18 horas por dia, tendo renda líquida -R$ 0,86, ou seja, um rendimento salarial negativo.
Este é apenas um dos dados relatados na cartilha "Condições de Direitos e Diálogo Social para Trabalhadoras e Trabalhadores do Setor de Entrega por Aplicativo em Brasília e Recife", produzida por pesquisadores do Instituto Observatório Social, da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) com apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores e OIT (Organização Internacional do Trabalho), tendo como base dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE.
O estudo que durou 18 meses, entre outras questões, ainda aponta:
O objetivo da pesquisa é construir instrumentos para que as entidades envolvidas nesse projeto de cooperação possam nortear o fortalecimento de espaços de diálogo social e desenvolver propostas, ações e campanhas de conscientização desses trabalhadores sobre seus direitos humanos, sociais e trabalhistas.
Clique aqui e confira o estudo / pesquisa na íntegra.
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