A forma como as empresas de apps atuam, sem nenhuma responsabilidade social e promovendo ainda a precarização das relações trabalhistas, resultou em crescimento acelerado de óbitos entre motofretistas no exercício da profissão.
Já no período da pandemia, devido o isolamento social, os motofretistas ficaram mais expostos não só ao vírus quanto aos acidentes, já que a demanda por entregas aumentou, mas os valores repassados da entrega caíram para os trabalhadores, devido ao grande número de motoboys cadastrados nas plataformas das empresas de app.
Para se ter uma ideia, de 24 de março a 30 de setembro, houve verdadeira explosão nos óbitos, comparado ao mesmo período de 2019, foram 45 contra 72 em 2020, em impressionante número de 60%, enquanto que, para outros motociclistas, houve redução em 7% no número de mortes.
"O resultado assustador nas mortes dos motoboys é por conta da política predatória que as empresas de apps praticam no setor, induzindo os trabalhadores a altos ganhos, que na realidade não acontece, e não desenvolvendo nenhuma responsabilidade social", diz Gilberto Almeida dos Santos, presidente da Febramoto e SindimotoSP.